Adquirir um apartamento para moradia, com dois ou três dormitórios, com no mínimo dois banheiros, duas vagas de garagem e área de lazer enxuta, com valor entre R$ 120 mil e R$ 300 mil. De acordo com o levantamento inédito realizado pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), e divulgado no Perfil Imobiliário, este é o imóvel ideal do comprador curitibano.
Segundo o presidente da entidade, Gustavo Selig, ainda é possível encontrar imóveis novos com estas características, e nesta faixa de preço, mas em regiões mais afastadas do centro da cidade. “Existem oportunidades em boas regiões, porém, agora é hora de comprar e fazer um bom negócio porque os imóveis vão valorizar e bastante, especialmente em função do aumento dos custos da construção civil, como terrenos, mão de obra e insumos”, alerta.
O Água Verde continua sendo o bairro mais procurado pelos compradores (9%), assim como Portão (8%), Bigorrilho e Campo Comprido (5% cada). “Estas são regiões com boa infraestrutura de comércio e serviços e acesso facilitado ao transporte coletivo o que faz com que o aquecimento imobiliário seja ainda maior. Além disso, as linhas de metrô vão passar próximo destes locais”, explica Selig.
A pesquisa também revelou que a maior parte dos interessados em adquirir um imóvel deve o fazer em até 12 meses (74%). “Isto mostra que o consumidor está mais ativo na compra, ao mesmo tempo, comparando mais. Como o mercado está aquecido e em movimentação acelerada, o cliente não pode esperar muito para fechar o negócio sob a pena de pagar mais caro”, analisa Selig.
A principal motivação para a aquisição é trocar a atual residência por uma mais nova ou maior (30%), sinalizando claramente a demanda por um upgrade. Outros 23% pretendem o fazer para sair do aluguel e 16% porque irão casar.
Escolha - Segurança (99%) e preço (98%) são considerados os fatores mais relevantes na escolha de um imóvel. Para Selig, a questão da localização está interligada a estes itens. “Os melhores bairros são os mais seguros, com apartamentos de padrão mais elevado e, consequentemente, com um preço maior”, relaciona. O apartamento está atrelado à segurança, tanto que 58% dos entrevistados que procuram um imóvel residencial optam por este tipo de habitação.
Os compradores também preferem uma área comum mais enxuta, que comporte salão de festas (61%), churrasqueiras externas (57%) e paisagismo (52%). “O curitibano tem como característica sair de casa porque os bairros são bem atendidos de serviços. A cidade ainda é fácil de transitar e tem uma área pequena, o que estimula os deslocamentos. Isto também mostra que há uma preferência por edifícios com poucas unidades”, avalia Selig.
Público - A maior parte dos compradores são os jovens com idade entre 21 e 39 anos (71%). Para Selig, o aumento da renda é um dos principais motivadores do crescimento deste público no mercado imobiliário. “O país está crescendo, a economia está demandando mão de obra e o jovem a está ocupando”, contextualiza.
Além disso, o presidente da Ademi/PR atribui o crescimento à atratividade das linhas de financiamento disponíveis. “Quando o jovem compra um imóvel, o valor do seguro tende a ser menor, o prazo de financiamento é mais longo e as taxas de juros mais baixas. Isto faz com que ele troque de imóveis mais vezes na vida”, diz.
Pagamento - O estudo mostrou que a renda familiar dos entrevistados concentra-se na faixa de até R$ 6 mil (60%). A maioria (27%) está disposta e poderia pagar de R$ 601,00 a R$ 1 mil de parcela, por mês, e 26% estariam interessados em dar um valor de entrada acima de R$ 75 mil, demonstrando uma boa poupança. “Quanto mais o cliente puder pagar antes das chaves, maior será a economia, pois, o dinheiro dele não vai render na mesma proporção em que está sendo corrigida a parcela do apartamento. O custo está subindo e os índices que corrigem os contratos vão acompanhar a alta”, orienta Selig.
Os profissionais assalariados com carteira de trabalho são os mais interessados na aquisição do imóvel (44%), seguidos dos profissionais liberais (19%) e dos empresários e servidores públicos (11% cada). Para Selig, a facilidade de acesso ao empréstimo e a possibilidade do uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na compra justificam o predomínio dos trabalhadores formais. “Existem até linhas pré-aprovadas nas instituições bancárias para este público, por conta do salário que é depositado pela empresa. Desta forma, o banco sabe de antemão a renda do futuro mutuário e libera uma linha de crédito com mais celeridade”, observa.
A pesquisa da Ademi/PR foi aplicada durante a 20ª edição da Feira de Imóveis, realizada de 28 de setembro e 2 de outubro, em Curitiba. Foram entrevistadas 1.084 pessoas com intenção de compra de imóveis nos próximos 24 meses. A margem de erro é de 2%.
Fonte: Bem Paraná - Portal Paranaense. Obrigado pela informação.