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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou a todos os organismos que preparam-se para a chegada do próximo comboio humanitário a Gaza e que deem "tratamento especial" aos jornalistas estrangeiros, após as ameaças feitas no domingo pelo chefe do Escritório de Imprensa de Israel. Conforme comunicado do primeiro-ministro, quando soube das advertências que o Escritório de Imprensa do Governo (GPO, na sigla em inglês) havia feito aos jornalistas estrangeiros que pensavam somar-se à frota, "ordenou que não fosse aplicada a política convencional a qualquer embarcação que chega a Israel ilegalmente".

Netanyahu, diz a nota, "ordenou a definição de uma norma especial", em aparente alusão para que não sejam detidos e posteriormente expulsos. No domingo, a GPO, organismo dependente do primeiro-ministro, advertiu aos jornalistas que embarcar no comboio rumo à Gaza representa uma vulneração à lei israelense e pode gerar sanções.

"A participação no comboio é uma violação da legislação israelense e os participantes são suscetíveis a terem negada a entrada no Estado de Israel por dez anos, ao confisco de seus equipamentos e outras sanções", diz a carta da GPO. A Associação da Imprensa Estrangeira em Israel criticou as "ameaças" e considerou que enviam "uma apavorante mensagem à imprensa internacional e gera sérias dúvidas sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa".

O organismo exortou ao Executivo israelense a "voltar atrás em sua decisão imediatamente". Netanyahu, que trata de dissipar uma possível crise entre seu Governo e os meios internacionais antes mesmo da chegada do comboio, afirma que Israel garantirá uma cobertura "transparente" e "crível".

Alguns comentaristas locais afirmaram que o primeiro-ministro não estava sabendo da carta do GPO e que ao informar-se pediu que o assunto fosse resolvido sem que recaiam sobre Israel acusações de impedir a liberdade de imprensa. 

FONTE: SITE TERRA. OBRIGADO PELA INFORMAÇÃO.

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