Criado por um alemão radicado no Brasil, o dia mundial do carro da VW é celebrado nos cinco continentes. Em Curitiba, a comemoração será neste domingo.
Durante essa semana fãs do Fusca de todo o planeta estão celebrando o dia mundial do simpático carro, comemorado hoje. Foi em 22 de junho de 1934 que o engenheiro Ferdinand Porsche e a Associação Nacional da Indústria Automobilística Alemã assinaram o contrato para a fabricação do Volkswagen, apelidado por aqui de Fusca, que viria a ser um dos modelos mais vendidos da história.
A passagem é celebrada de duas formas: por meio de um encontro entre apaixonados pelo Fusca em um determinado espaço para expor suas “preciosidades” ou através do “Drive your VW Beetle to work day”, que na tradução do inglês significa “Dia de levar o seu Fusca para o trabalho”. Neste caso, os proprietários colam cartazes nos vidros laterais traseiros para indicar que estão participando da comemoração.
O primeiro tipo de homenagem é praticado há três anos em Curitiba. A edição 2011 do Dia Mundial do Fusca será neste domingo na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, das 10 às 18 horas. Organizado pelo Fusca Mania Clube Curitiba, com apoio da Copava, concessionária Volkswagen na capital, o encontro exibirá 150 unidades do “besouro”, como é carinhosamente conhecido, de diferentes versões e épocas.
Alguns veículos que estarão expostos chamam a atenção pela excentricidade. O Standard 1969, motor 1300, do casal Marco e Lana Rebuli, é vestido com inúmeros acessórios. São 123 ao todo. As peças mais antigas são o bagageiro e o galão de combustível fixado no meio do estepe, ambos da década de 1950.
A lista inclui ainda mosqueteiro nas portas, grade de proteção na lente dos faróis, que trazem também as famosas sobrancelhas (usadas na Europa para evitar o acúmulo de neve) e porta-mapa no teto. Marco Rebuli revela que decidiu incrementar o fusca por que ele não se destacava nos eventos. “Começamos a mudá-lo há 15 anos e de lá para cá já ganhou pelo menos 15 troféus”, relata. Há um ano, o casal incorporou mais um item que o deixou ainda mais exclusivo: o para-brisa basculante.
Estilo lata velha
O Fusca 1969, motor 1300, dos irmãos César e Lucas Barbosa, é outro exemplar que atrairá os olhares do público. Quem vê o carro num primeiro momento achará que ele recém saiu do ferro-velho. O desgaste na pintura e a ferrugem estão por toda a lataria. Mas ao observar o interior bem acabado e original perceberá que a aparência “caindo os pedaços” nada mais é que um dos estilos adotados pelos fãs do Fusca. O movimento surgiu nos Estados Unidos e ficou conhecido como Hood Ride, no qual o carro é sucateado propositalmente.
No caso do Fusca dos irmãos, ele já estava deteriorado quando foi adquirido. “Ficou parado por dois anos, ao ar livre, no quintal do antigo dono. As portas estavam podres e o assoalho furado”, conta Lucas. O modelo radical ganhou ainda um desenho simulando um arranhado no capô.
Um detalhe curioso é que toda a família Barbosa ajudou na construção do Fusca. O pai Palmiro Bento Barbosa Jr. cedeu os retrovisores externos “caça-mulatas” – que funcionam também como lanternas auxiliares –, a mãe Sueli do Carmo Barbosa se encarregou da forração interna e o outro irmão Luís Carlos Barbosa cuidou da parte mecânica.
Devoção
Para Alexander Gromow, o culto ao Fusca no Paraná está entre o mais fervorosos do país. Seja em organização e empenho nos eventos realizados como na estrutura dos clubes. “São de primeira linha”, crava. Na visão de Otto Bisnetto, presidente do Fusca Mania Clube Curitiba, “todos os grupos buscam preservar e manter sempre rodando esses incríveis carros”. É impossível precisar, mas hoje há no estado mais de 20 clubes de Fusca e cerca de mil colecionadores, arrisca Bisnetto.
FONTE: GAZETA DO POVO ONLINE. OBRIGADO PELA INFORMAÇÃO.
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