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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Linha Verde é uma obra para sete anos e três eleições

Excesso de cruzamentos, é o maior problema da Linha Verde.

A primeira etapa da Linha Verde Norte, desde o Jardim Botânico até o viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral, deve começar nas próximas semanas. O prazo para a realização da obra é de 18 meses, e inclui a ampliação do viaduto da Avenida Affonso Camargo e a construção de duas trincheiras. Mas a retomada dos trabalhos do projeto total que liga o Pinheirinho ao Trevo do Atuba também ressucita alguns questionamentos. Porque o trecho Norte é tão diferente do trecho Sul, já concluído?
O trecho Norte da Linha Verde tem três etapas previstas, e contemplam a construção de sete trincheiras e a ampliação de dois viadutos, o que deve evitar os problemas enfrentados no trecho Sul, que vive o caos nos horários de pico com os engarrafamentos. O trecho Sul não tem viadutos nem trincheiras.
O projeto da Linha Verde foi criado ainda na gestão do prefeito Cássio Taniguchi. Na época, havia sim a previsão de passagens com trincheiras ou viadutos. O projeto, retomado na primeira gestão do prefeito Beto Richa aboliu essas passagens, optando pelos semáforos. O resultado é o conhecido pelo motorista de Curitiba.
Ao entregar o trecho desta maneira, um dos objetivos da revitalização da antiga BR-476 não se concluiu. A rodovia dividia a cidade, e a Linha Verde viria para integrar os dois lados. “Infelizmente, a Linha Verde, do jeito que está, não integra os dois lados. Não tem travessias adequadas para os carros nem para os pedestres. O tempo vai mostrar essa repetição dos congestionamentos, e terão que modificá-la”, diz o vereador Jonny Stica (PT), presidente da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal. “O conceito da Linha Verde é muito bom para Curitiba, mas foi mal planejada”.
São mais de 80 mil pessoas que circulam pela Linha Verde diariamente. O trecho Sul tem vários cruzamentos importantes — como a Salgado Filho, que leva ao Prado Velho, a região do Terminal do Pinheirinho e da Rua Santa Bernadhete, para ficar em apenas alguns exemplos —, mas em todos o tráfego é controlado por semáforos. Isso implica retenção de veículos numa avenida onde o fluxo é enorme.
Quando lançou o projeto, a Prefeitura anunciou que o trajeto do Pinheirinho ao Atuba que antes levava 35 minutos, seria feito em 25 minutos. Mas os motoristas que circulam pela região afirmam que isso dificilmente acontece. Nos horários de pico, então, esqueça. 
Sete anos no mínimo — Outros dois trechos ainda serão licitados no trecho Norte para, só então, e finalmente, ser concluido o projeto total da Linha Verde, desde o Pinheirinho até o trevo do Atuba. A obra completa está atrasada e já se vislumbra que seu término fique entre o fim de 2013 ou 2014. Como as obras da Linha Verde começaram no dia 12 de janeiro de 2007, neste período, terão se passados pelo menos três eleições — duas para prefeito e uma para o governo do Estado. É este aspecto eleitoreiro que chama a atenção da oposição em Curitiba.
São sete anos, no mínimo, para se terminar uma avenida de menos de 20 quilômetros. Em 2008, uma pesquisa divulgou que as obras da Linha Verde eram a segunda imagem mais forte em Curitiba. Teve 24% das indicações da população na época.

Fonte: Assessoria de Imprensa vereador Jonny Stica. Obrigado pelo email. 
    

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