A taxa de desemprego no País em março teve ligeira alta para 6,5% em relação a fevereiro quando o indicador ficou em 6,4% e recuou 1,1 ponto percentual em relação a fevereiro de 2010 quando a desocupação estava em 7,6%.
Apesar da alta, essa foi a menor taxa para os meses de março, desde 2002, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a terceira alta no desemprego em dez meses, após sucessivos recordes de queda verificados em 2010. A taxa para março também é a maior desde agosto de 2010, quando o índice havia registrado taxa de 6,7%. O levantamento do IBGE foi realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
Segundo o IBGE, a população desocupada, de 1,5 milhão de pessoas, não apresentou variação em relação ao mês anterior. Frente a março do ano passado, houve queda de 14%, com menos 250 mil pessoas à procura de trabalho. A população ocupada de 22,3 milhões apresentou estabilidade em comparação com fevereiro. Na comparação com março de 2010, ocorreu elevação de 2,4% nessa estimativa, representando um adicional de 531 mil ocupados.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, cerca de 10,7 milhões, permaneceu estável na análise mensal em março. Na comparação anual, houve uma elevação de 7,4%, representando um adicional de 739 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Os dados do IBGE, mostram que o rendimento médio real das pessoas com trabalho formal de R$ 1.557,00 apresentou alta de 0,5% na comparação mensal e avanço de 3,8% frente a março do ano passado. A massa de rendimento médio real de R$ 35,1 bilhões ficou 0,8% acima da registrada em fevereiro e cresceu 6,7% em relação a março do ano passado. A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados de cerca de R$ 34,8 bilhões estimada em fevereiro de 2011 subiu 0,6% no mês e cresceu 6,9% no ano.
Desempenho regional
Na comparação mensal, a taxa de desocupação nas diversas regiões do Brasil apresentou variação significativa apenas em Belo Horizonte, onde passou de 6,3% para 5,3%. Frente a março de 2010, foram registradas quedas em Belo Horizonte, de 1 ponto percentual, Rio de Janeiro, com 1,5 ponto percentual, São Paulo, com retração de 1,3 ponto percentual, e Porto Alegre com recuo de 0,9 ponto percentual
Na análise mensal, o contingente de desocupados apresentou variação significativa apenas na região metropolitana de Belo Horizonte (-15,8%). Frente a março do ano passado, houve queda em três regiões: Rio de Janeiro (22%), Belo Horizonte (14,7%) e São Paulo (13,8%).
O nível da ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, estimado em 53,3% no total das seis regiões, não variou em relação a fevereiro, mas registrou elevação de 0,6 ponto percentual na comparação com março de 2010.
Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões tiveram estabilidade no indicador. Frente a março de 2010, ocorreu alta em Porto Alegre (1,9 ponto percentual) e em São Paulo (1ponto percentual). As demais regiões não registraram variação significativa.
Nível de ocupação e renda
A análise da ocupação, segundo o tipo de atividade, mostrou que, de fevereiro para março, todos os segmentos mantiveram-se estáveis, exceto os de serviços domésticos, que registraram elevação de 4,1%. Na comparação anual, houve acréscimo no contingente de trabalhadores de serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, de 4,1%. No segmento de outros serviços (alojamento, alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, culturais e desportivas e serviços pessoais), a alta foi de 3,9%.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores de R$ 1.557,00 no conjunto das seis regiões, o valor mais alto para o mês de março desde 2002, aumentou 3,4% em relação ao mês anterior em Recife, 2,5% em Belo Horizonte e 1,1% em São Paulo. Houve estabilidade em Salvador e quedas de 0,8% no Rio de Janeiro e 1,9% em Porto Alegre. Na comparação com março de 2010, houve crescimento em Recife, 7,7%, Salvador, 2,7%, Belo Horizonte, 4,1%, Rio de Janeiro, 9,2% e em Porto Alegre, 5,7%. Em São Paulo ocorreu estabilidade.
Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a março de 2010 foi registrado no segmento de indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (9,3%). Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em comparação com março do último ano foi para militares e funcionários públicos (7,9%).
FONTE: HOME IG. OBRIGADO PELA INFORMAÇÃO.
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