O fluxo de dólares no Brasil alcançou em 2011 o saldo positivo de US$ 65,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC). A quantia é a segunda maior da história, inferior apenas ao fluxo de 2007, quando entraram no País US$ 87,4 bilhões.
Além disso, o saldo de 2011 é 168% superior ao registrado em 2010, quando atingiu US$ 24,3 bilhões. No último mês do ano o saldo ficou negativo em US$ 1,9 bilhão.O segmento financeiro (registro de investimentos em títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações) registrou saldo negativo de US$ 3,625 bilhões no mês passado, e acumulou no ano resultado positivo de US$ 21,329 bilhões. O fluxo comercial (relacionado a operações do comércio exterior) ficou positivo em US$ 1,681 bilhão, no mês, e em US$ 43,950 bilhões, em 2011.
O BC também informou que a posição de câmbio dos bancos ficou vendida, o que indica aposta na queda do dólar, em US$ 1,583 bilhão, em dezembro. Em novembro, essa posição era comprada (indicando expectativa de alta do dólar) em US$ 1,031 bilhão."Temos condições de manter um fluxo elevado para o Brasil. Vamos crescer mais de 3% no próximo ano e estamos esperando IED (Investimento Estrangeiro Direto) na ordem de US$ 55 bilhões.
São números muito bons considerando que este ano não deve ser fácil para a economia mundial", afirmou o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, que não fez uma projeção para o fluxo neste ano. Para o economista, a atratividade da economia brasileira também se deve à elevada taxa básica de juros, hoje em 11% ao ano, a despeito de expectativas de queda nos próximos meses. De acordo com o último relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia brasileira cresça 3,30% neste ano e que o IED totalize US$ 55 bilhões.
São números muito bons considerando que este ano não deve ser fácil para a economia mundial", afirmou o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, que não fez uma projeção para o fluxo neste ano. Para o economista, a atratividade da economia brasileira também se deve à elevada taxa básica de juros, hoje em 11% ao ano, a despeito de expectativas de queda nos próximos meses. De acordo com o último relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia brasileira cresça 3,30% neste ano e que o IED totalize US$ 55 bilhões.
Os agentes apostam ainda que a Selic terminará este ano em 9,5%. A própria autoridade monetária projeta que o IED ficará em US$ 50 bilhões em 2012, ano em que a economia crescerá 3,5%. A cifra, ainda que robusta, é menor à previsão de 2011, de US$ 65 bilhões em IED para o País. Bandeira ponderou ainda que o fluxo de capitais ao Brasil seguirá dependente do noticiário internacional, sobretudo da crise de dívida na zona do euro. "Se a aversão a risco crescer, o Brasil vai ser afetado e podemos ter uma diminuição desses fluxos."
Credibilidade em alta
Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, que não trabalha com um cenário de ruptura no exterior, o ponto forte do Brasil no atual momento econômico é a credibilidade que o País construiu nos últimos anos. "Nossos fundamentos são sólidos, isso faz a diferença", afirmou.
Mesmo com crise, o mercado acredita que o fluxo pode melhorar ainda mais no médio prazo. O diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, enxerga dois momentos para o cenário de fluxo cambial neste ano: um primeiro semestre de ingressos mais contidos, enquanto que nos últimos seis meses do ano o fluxo pode ficar mais forte, em meio à aceleração da economia doméstica e a perspectivas de que não haja um agravamento da crise na Europa.
Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, que não trabalha com um cenário de ruptura no exterior, o ponto forte do Brasil no atual momento econômico é a credibilidade que o País construiu nos últimos anos. "Nossos fundamentos são sólidos, isso faz a diferença", afirmou.
Mesmo com crise, o mercado acredita que o fluxo pode melhorar ainda mais no médio prazo. O diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, enxerga dois momentos para o cenário de fluxo cambial neste ano: um primeiro semestre de ingressos mais contidos, enquanto que nos últimos seis meses do ano o fluxo pode ficar mais forte, em meio à aceleração da economia doméstica e a perspectivas de que não haja um agravamento da crise na Europa.
Volta da posição vendida
Após três meses sustentando posições compradas no mercado à vista, os bancos fecharam dezembro com exposição vendida - quando as apostas são de valorização do real frente ao dólar - de US$ 1,583 bilhão. Até o dia 16 de dezembro, os bancos tinham posição comprada de US$ 717 milhões.
Segundo o operador de câmbio de uma corretora paulista, o movimento reflete ajustes nas carteiras das instituições após o BC ter sinalizado que atuará no câmbio se necessário. "Aliviou um pouco o medo do pessoal", afirmou.
Após três meses sustentando posições compradas no mercado à vista, os bancos fecharam dezembro com exposição vendida - quando as apostas são de valorização do real frente ao dólar - de US$ 1,583 bilhão. Até o dia 16 de dezembro, os bancos tinham posição comprada de US$ 717 milhões.
Segundo o operador de câmbio de uma corretora paulista, o movimento reflete ajustes nas carteiras das instituições após o BC ter sinalizado que atuará no câmbio se necessário. "Aliviou um pouco o medo do pessoal", afirmou.
Fontes: Agência Brasil e Reuters. Obrigado pelas informações.